Saturday, January 06, 2007

Noël e Noche Vieja

España: Conhecia a Sangría, a Tortilla, a Paella... Mas dessa vez conhecí muito mais.
Conheci Sopa de Ajos, Veano, Ternero, Orejas de Cedro, Cozido Madrileño, Manpanza, entre outras muitas coisas especiais.
Já me haviam dito que os espanhóis eram mais parecidos com os brasileiros, mas eu não acreditava que eram tanto.
Este é o Pedro, um grande amigo que mora comigo no Cambodja.
Pedro
Sua família e seus amigos me acolheram como se fossemos primos, ou amigos de muito tempo. Eu que pensava que meu ano novo seria o pior em muitos anos por estar longe da minha família, meus amigos e outras pessoas que são muito importantes para mim (mas que o destino acaba por nos separar), acabei tendo um grande conforto e minhas esperanças renovadas, pois pude ver que, sempre que achamos que tudo vai mal, Deus nos manda uma ajudinha.
Agradeço a ele por ter me ajudado tanto neste fim de ano, por me deixar ver minha família, por colocar no meu caminho pessoas tão especiais, já que outras mais especiais não as posso ver.
Deste fim de ano, aprendi muitas coisas. Espero ter juntado forças necessárias para aguentar agora um período muito mais difícil. Fico a partir de agora um ano longe de onde pertenço. "Why should we stay where we don't belong?"(NOFX)
Não sei. Acho que é pra crescer. Pra amadurecer. Ainda estou descobrindo. Estou no olho do furacão, tentando achar onde me agarrar.
O coordenador do meu curso aqui é uma pessoa muito dedicada, praticamente o único a organizar um curso inteiro de master para 24 estrangeiros de 13 nacionalidades diferentes, muito preocupado com a qualidade da nossa formação e com a manutenção da boa reputação da ENPC. Sua filha de apenas 7 meses faleceu. Ontem foi a cerimônia religiosa. Não pude ir, pois meu vôo estava marcado pra hoje, dia 05 de janeiro.
Sei lá, parece que a vida fica cada vez mais difícil. Parece que os desafios são
cada vez piores. Claro que as grandes provas são as que nos fazem crescer mais. Sei que, durante as crises, não são os resultados que nos tornam melhores, mas as nossas atitudes. Mas acho que, são justamente nossas atitudes as mais difíceis de se avaliar.
Bom, mas minha proposta pra escrever agora era apresentar as coisas que eu vivi, assim talvez você possa sentir também um pouco do que eu senti e como isso foi especial.
Desgrazadamente no tengo fotos del 30 dicimbro. Mas foi muito legal também.
Apesar de estar muito preocupado, pois neste dia foi o atentado no aeroporto de Barajas, no terminal 4. O vôo da minha família estava marcado para o meio-dia, eles foram pra lá às 9h, sem saber que às 8h tinha ocorrido o atentado no mesmo terminal em que eles embarcariam. Claro que o lugar ficou super protegido, eles só embarcaram 10 horas depois, mas só fiquei tranquilo quando eles embarcaram.
À noite, mais tranquilo, fomos eu e Pedro a um boteco (El Rey del Jamón) para tomar Cañas. Uma caña é um chopp, mas geralmente vem acompanhado de um salgadinho pra degustar. Depois chegaram Juan e Jorge, dois amigos de Pedro que também moram em Getafe. Tomamos umas quatro rodadas e fomos para a estação de metro encontrar Julio, um amigo nosso de Paris que é de Toledo. Julio estava com dois amigos Madrileños e uma amiga mexicana.
Todos estudam Belas Artes. Julio é pintor. Esse é o Julio:
Julio
Saímos todos para um outro bar, tomamos um Mochito (não me perginte o que é). Depois mudamos de bar novamente.
Ficamos um pouco e fomos para uma discoteca. Se chamava El Sol, eu acho. Fica do lado da Plaza del Sol. É a praça central de Madrid, onde fica o Ayuntamiento.
Seis da manhã voltamos pra casa.
No outro dia era a Noche Vieja, é a Véspera de Ano Novo. Passei com a família do Pedro até a meia-noite. Com seus pais(Pedro y Leonor), seus avós por parte de mãe (Juan - não lembro o nome de sua avó) e sua irmã(Sonia).
Família De Mingo
Todos falavam em espanhol o tempo todo, tive muita dificuldade, mas no final da viagem estava entendendo muito bem e me expressando razoavelmente. Graças claro à paciência de Leonor e Sonia, que sempre falavam comigo com muita calma. Aprendi até mesmo a fazer algumas piadas e sacaneei o Pedro depois.
Exatamente à meia-noite, soam as 12 campanadas. E para cada campanada tínhamos que comer uma uva. O foda é que as campanadas são muito rápidas, então a gente fica com um monte de uva na boca. Mas é interessante. Essa parece ser uma tradição bem forte, até os bombeiros que estavam trabalhando nos escombros do atentado do aeroporto comeram suas 12 uvas seguindo campanadas simuladas pela buzina de um trator.
Depois fomos eu, Pedro, Sonia e os amigos do Pedro para um Bar de Getafe(La Tequileria). Aí embaixo, os amigos do Pedro.
Brinde
Uma foto da baladinha:
Locos